sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A progressão da minha doença era lenta, mas corrosiva.
Com 13 anos abandonei os estudos, já não obedecia a mais ninguém e era imperativo o uso de drogas.
A vovó tentou tudo que podia fazer, mas nada tinha eco. Logo declarou a sua impotência diante de uma força tão devastadora, acordou com a minha mãe, que havia chegado a hora dela tomar as rédeas da situação, Imagino o quanto deve ter sido dolorosa esta decisão, pois implicaria no nosso afastamento, e não imaginava que seria para sempre, talvez até tivesse esta intuição. Era patente o seu grande amor por mim.

Nesta ocasião, eu tinha um namorado, o 1º, 14 anos mais velho, e é claro tb usava drogas. Eu era apaixonada, exessivamente apaixonada, estava dada a largada de outra profunda dependência que me acompanharia a vida toda, a co-dependência.

Um dia qualquer de 1973, fui comunicada pela vovó que iria passar alguns dias no Rio, Fiquei deslumbrada com a notícia, amei a idéia. E assim fui, feliz, alegre e inocente, me separar para sempre da pessoa que mais amava na vida.

Volto a qualquer momento para dar continuidade neste relato. Até logo.

Um comentário:

  1. Alice, que coragem. Meus parabéns. Acho que isso vai ajudar muito a fazer um balanço da sua vida e ver o quâo maravilhosa ela é. Uma beio amiga.

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